Como os advogados atuam resolvendo Crimes Virtuais?

abril 27, 2021

Um dos maiores avanços nas últimas décadas se deu no campo da tecnologia das comunicações, e isto aumentou também a prática dos chamados crimes virtuais.

Se você é advogado e pretende atuar na solução de crimes virtuais ou crimes cibernéticos, como são conhecidos, este artigo é para você.

Como se proteger de golpes ou fraldes através do PIX?

Evolução dos crimes virtuais

crimes virtuais

Primeiramente, segundo o Fórum Econômico Mundial e empresas de cyber segurança como a McAfee, a partir de levantamentos feitos por analistas, os riscos cibernéticos e ataques virtuais a empresas mais do que dobraram na última década. Isto ainda antes da pandemia, agora, provavelmente intensificou ainda mais, pois aumentou significativamente a digitalização dos negócios e contatos. O aumento veloz do trabalho e do acesso através de meios virtuais aumenta riscos de ataques cibernéticos, fraudes virtuais, roubo de dados e diversas consequências negativas.

Portanto, essas são as principais situações com grande probabilidade de ocorrência e alto potencial de impactar negativamente a economia mundial. Contudo, antes da pandemia, os estudos já indicavam prejuízos envolvendo crimes virtuais entre US$ 600 bilhões e US$ 1,1 trilhões entre 2017 e 2019. Portanto, os reflexos da pandemia ainda não são possíveis de mensurar. A projeção antes era de US$ 2,5 trilhões anuais até 2022, representando de 1 a 3% do “PIB” global.

Quais os crimes virtuais mais comuns?

Primeiramente, os crimes virtuais mais comuns são os crimes de perseguição virtual, stalking, crimes contra a honra, calúnia, injúria, difamação, cyberbullying e até crimes eleitorais. Contudo, no aspecto patrimonial, o estelionato digital e furto mediante fraude são os crimes virtuais mais comuns. Sendo assim, podemos citar os crimes recentes usando como base o sistema do auxílio emergencial pago pelo Governo aos trabalhadores informais e autônomos a fim de reduzir impactos no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Dessa forma, segundo o PSafe, esse crime digital chegou a atingir 7 milhões de pessoas no país.

Contudo, a técnica do chip swap também tem sido muito usada por golpistas para tomarem posse de ativos virtuais. Dessa forma, podem ter acesso a contas bancárias com a realização de saques e solicitação de empréstimos, por exemplo. Crimes virtuais de extorsão também são frequentes, como os casos de ransomwares nos quais criptografam os discos da vítima, bloqueiam dados e pedem resgate, geralmente em bitcoins (criptomoeda) no qual é transferido através de meios virtuais. Portanto, também é comum o uso do phishing scam. Essa técnica os golpistas pescam as informações confidenciais da vítima, através de mensagens nas quais parecem muito reais e conseguem obter dados bancários, por exemplo.

Isso é bastante comum e costuma lesar frequentemente inúmeras pessoas em todo o Brasil. Mas, existem ainda os crimes de pornografia infantil nos quais são bastante frequentes e exigem a adoção de procedimentos ágeis a fim de cessar o conteúdo. Pois, o objetivo é impedir a circulação e o maior constrangimento das vítimas, além de apurar a autoria. Contudo, existem ainda os ataques de negação de serviços, invasões e até mesmo situações envolvendo propriedade intelectual e softwares irregulares usados no meio corporativo.

Atuação do advogado na solução desses crimes

O advogado especializado em crimes virtuais, precisa estar em constante atualização. Devendo conhecer conceitos de segurança da informação, quais as formas de ataques e ameaças estão em evidência. Dessa forma, deve trabalhar em parceria com a assistência técnica de peritos e especialistas em tecnologia. A área do direito digital é promissora, portanto, é interessante investir em aprimoramento a fim de ter um diferencial na hora de atender uma sociedade na qual já migrou para a tecnologia. Se o crime também migrou junto, o papel do advogado em crimes cibernéticos ou virtuais se torna socialmente muito relevante na busca por justiça. Afinal, existem milhares de processos criminais envolvendo o mundo digital, e este cresce a cada dia.

O Advogado no qual opta por trabalhar na assistência técnica de informática de crimes virtuais também lidará com a apuração de autoria, bloqueios de conteúdos e com a resistência das empresas, algumas redes sociais, administradoras de aplicativos, no cumprimento de ordens judiciais expedidas. O Marco Civil da Internet, regulamentado pela Lei 12.965/2014, é uma legislação de conhecimento obrigatório para quem queira atuar na área dos crimes virtuais, é a base para a guarda de registros. Muitas vezes será necessário contar com o MLAT (mutual legal assistance treaty) a fim de conseguir registros de provedores de aplicações com sede ou localização fora do Brasil. Você gostou desse conteúdo? Compartilhe!

Continue seguindo nosso blog e saiba sempre tudo sobre as principais e promissoras áreas de atuação do advogado do novo século!

Menor Infrator possui direitos?

Encontre advogados perto de você!

Descreva seu problema para nossos profissionais e você será contatado pelo WhatsApp em poucas horas!

* O envio do seu problema é gratuito, porém os honorários oficiais poderão ser cobrados pelo profissional jurídico.

sobre o autor

conteúdos relacionados

Como fazer um inventário extrajudicial da maneira certa?

A morte de um ente querido traz não apenas o luto, em situações mais simples e sem disputas, entender como fazer um inventário extrajudicial pode tornar esse processo mais ágil, prático e menos oneroso. Esse tipo de inventário é feito diretamente em cartório, com escritura pública, e não exige a...

Como fazer um inventario de uma pessoa falecida online?

Com os avanços tecnológicos nos serviços cartorários, muitos procedimentos que antes exigiam presença física podem ser feitos digitalmente, já é possível entender como fazer um inventário de uma pessoa falecida online. Essa modalidade é permitida quando os herdeiros são maiores, capazes, estão de...

deixe seu comentário